sábado, 30 de janeiro de 2010

Por favor, largue essa banana!

Uma antiga tribo africana utiliza um método bastante curioso
para capturar os espertos macacos que vivem nos galhos mais altos
das árvores. O sistema é o seguinte: os nativos pegam um recipiente de
boca estreita, colocam uma banana dentro, amarram-no ao tronco de
uma árvore e afastam-se. Quando eles saem, um macaco curioso desce,
olha dentro da cabaça e vê a banana. Enfia sua mão e apanha a
fruta, mas como a boca do recipiente é muito estreita ele não consegue
tirar a banana. Surge o dilema; se largar a banana, sua mão sai, e ele
pode ir embora livremente; caso contrário, continua preso na armadilha.
Após algum tempo, os nativos voltam e capturam sem dificuldade
os macacos teimosos que se recusaram a largar as bananas. O
final é trágico, pois eles são caçados para serem comidos.
Você deve achar absurdo o grau de estupidez destes macacos;
afinal, basta largar a banana e ficar livre do destino de ir para a panela.
Fácil demais, não é?
O problema deve estar no valor exagerado que o macaco atribui
à sua conquista. A banana já está ali, na sua mão. Parece ser uma
insanidade largá-la e ir embora.
Achei a história engraçada, porque muitas vezes fazemos exatamente
como esses macacos. Ou você não conhece ninguém que está
insatisfeito com o emprego, mas permanece lá, mesmo sabendo que
está cultivando um infarto? Ou casais com relacionamentos completamente
deteriorados que insistem em ficar sofrendo? Ou pessoas infelizes
por causa de decisões antigas que continuam adiando um novo
caminho que trará de volta a alegria de viver? Somos ou não como os
macacos?
A vida é preciosa demais para trocarmos por uma banana que,
apesar de estar em nossa mão, pode nos levar direto à panela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário